Maio Vermelho – Mês de Combate ao Câncer Bucal

O câncer de boca é o quinto tipo com maior incidência no mundo. No Brasil, ocupa a quinta posição entre os homens e a sétima entre as mulheres. A fim de propagar informações sobre a doença, conscientizando a população acerca da importância das medidas de prevenção foi criado a campanha Maio Vermelho.
De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial, Dr. Gabriel da Rocha, assim como as demais neoplasias malignas, o diagnóstico precoce do câncer bucal é determinante, pois, apesar dos avanços nas formas de tratamento – cirurgia, radioterapia e quimioterapia -, a taxa de sobrevivência de cinco anos não evoluiu ao longo das últimas décadas, permanece em cerca de 50-55%. “Sabe-se que apenas 15% dos casos são diagnosticados nos estágios iniciais da lesão e que, aproximadamente, 50% dos pacientes já chegam aos centros de tratamento com metástases no momento do diagnóstico”, ressalta.

QUAIS SINTOMAS?

Os principais sintomas são o surgimento de machucados, como úlceras que demoram a cicatrizar, manchas brancas ou avermelhadas, sangramentos, inchaço e dormência em alguma área, além de rouquidão. Nas primeiras etapas, a doença pode ser silenciosa, sem a manifestação de sinais. Nas fases mais avançadas, pode causar mau hálito, dores na região, dificuldade para falar e engolir, além do desenvolvimento de caroços no pescoço e perda de peso.

QUAL EXAMES FAZER?

O diagnóstico do câncer de boca e orofaringe só pode ser realizado através de uma biopsia, que é o procedimento no qual o médico remove uma amostra de tecido para análise. Vários tipos de biopsias podem ser realizados, dependendo de cada caso:

Citologia esfoliativa. Nessa técnica, o médico raspa a superfície de uma área suspeita e coloca sob uma lâmina de vidro o tecido coletado. A amostra é marcada com um corante de modo que as células cancerígenas possam ser visualizadas ao microscópio. Se qualquer uma das células aparecer anormal, a região será biopsiada. A vantagem dessa técnica é que é fácil, e cada área com aparência ligeiramente anormal pode ser avaliada. Às vezes não é possível ver a diferença entre células cancerígenas e células anormais, ou seja, que não são câncer são denominadas células displásicas, nesse caso a biópsia deve ser realizada.

Biopsia incisional. Esse é o tipo mais comum de biópsia para a região da boca ou garganta. Essa biópsia pode ser realizada em consultório médico ou no centro cirúrgico, dependendo da localização do tumor. Quando o procedimento é realizado no consultório, a área ao redor do tumor é anestesiada. Se o tumor acomete camadas profundas, a biopsia é feita numa sala cirúrgica, com o paciente sob anestesia geral. O cirurgião utiliza o endoscópio para, através de instrumentos especiais, remover pequenas amostras do tecido.

Biópsia aspirativa por agulha fina. Na biópsia aspirativa por agulha fina, o médico utiliza uma agulha muito fina, para aspirar algumas células do tumor, que são posteriormente enviadas para análise. Essa técnica não é utilizada em áreas suspeitas da boca ou da garganta, mas às vezes é necessária quando um paciente, por exemplo, tem uma massa cervical que pode ser sentida na palpação ou visualizada na tomografia computadorizada. Esse procedimento pode ser útil em diversas situações, como, por exemplo, diagnosticar a causa de uma massa cervical, determinar a extensão e comprometimento da doença, e, avaliar uma recidiva.
Testes das amostras

Todas as amostras de biópsia são enviadas para um laboratório de análises para serem examinadas por um patologista, que irá examinar as amostras e emitir um laudo final com o diagnóstico.

Teste para HPV

Para os cânceres de garganta, os médicos também testam as amostras de biópsia para verificar se a infecção pelo HPV está presente. Essa é uma parte essencial do estadiamento e importante para as tomadas de decisões em relação ao tratamento.

Compartilhar:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email
Telegram
WhatsApp

Fechar