Novembro azul

Mês de conscientização sobre o câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens (menos frequente apenas que o câncer de pele não-melanoma), sendo também o segundo tipo mais comum em valores absolutos e considerando ambos os sexos. Foi estimada a ocorrência de 68.220 novos casos e 15.391 mortes para o ano de 2018. Segundo dados da American Cancer Society, 1 em 9 homens serão diagnosticados com câncer de próstata durante suas vidas, sendo que destes, 6 em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, apresentando-se bastante raro em homens com menos de 40 anos.

No geral, quanto mais cedo o câncer de próstata é detectado, maiores são as chances de sucesso no tratamento e de remissão total da doença. O prognóstico geral para câncer de próstata está entre os melhores considerando todos os tipos de câncer.

Aproximadamente 80-85% de todos os cânceres de próstata são detectados quando ainda estão em estádio local ou regional, ou seja, quando ainda não se tornaram metastáticos e se disseminaram para outros locais do corpo, representando os estádios I, II e III. Muitos homens diagnosticados e tratados com câncer de próstata nesses estádios estarão livres da doença após cinco anos. Assim, a taxa de sobrevivência relativa – que representa as chances de sobrevivência de um paciente após um intervalo específico de anos quando comparado com a população em geral durante o mesmo período – para os homens com câncer de próstata é de 100% para um período de cinco anos, 98% para um período de dez anos e 95% para um período de quinze 15 anos após o diagnóstico. Esses dados evidenciam a importância de se realizar os exames preventivos regularmente, via de regra, após os 45 anos de idade, exceto em casos em que há histórico familiar de câncer de próstata, nos quais este acompanhamento deve se iniciar mais precocemente.

Nos últimos anos, o movimento de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, muito impulsionado por campanhas em todo o mundo, como a do Novembro Azul, vêm contribuindo substancialmente para a identificação desta doença cada vez mais em estágios iniciais fazendo com que muitas vidas sejam salvas em decorrência disso.

Quais exames fazer

Os exames de rastreamento do câncer de próstata geralmente incluem dois procedimentos: (1) um exame de sangue para avaliação dos níveis do antígeno prostático específico (PSA), uma proteína produzida pela próstata; e (2) o toque retal, um exame que permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença).

E aí surgem as frequentes perguntas: “Existe realmente a necessidade de realizar os dois exames? Não seria suficiente apenas monitorar os níveis de PSA?”. Há inúmeros casos de pacientes com câncer de próstata que não apresentam seus níveis de PSA elevado, sendo o exame do toque retal uma medida complementar para a detecção do tumor. Além deste ponto, o aumento do PSA não está exclusivamente associado à presença de câncer de próstata, mas sim com qualquer tipo de alteração nesta glândula, como em casos de infecção, inflamação ou de hiperplasia benigna da próstata. Os níveis de PSA devem ser monitorados ao longo do tempo para que se possa acompanhar possíveis picos, quedas ou um aumento constante. Nenhum dos dois exames confere 100% de precisão, por isso existe sim a necessidade da realização de ambos e de sua análise combinada para que o médico possa obter dados mais precisos que sustentem a solicitação de biópsia e a subsequente análise imunohistoquímica do tecido, somente em situações necessárias, possibilitando um diagnóstico com a maior acurácia possível.

O Laboratório Micra está comprometido em produzir diagnósticos precisos no interesse de oferecer a médicos parceiros e clientes amigos a chance de tomar decisões potencialmente mais acertadas, pautadas por dados seguros e análises criteriosas.

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